loader image

+ Saúde

O que é anemia falciforme?

Anemia falciforme é uma doença hereditária caracterizada pela alteração na forma dos glóbulos vermelhos. “A troca de um dos aminoácidos que compõe a hemoglobina causa alteração em sua forma, deixando-o com aspecto de “foice” (daí o seu nome). Assim, o sangue não consegue circular de forma adequada pelos vasos sanguíneos, reduzindo o suprimento de oxigênio para o organismo, podendo ocasionar lesão em vários órgãos, além de dores”, explica o Dr. Gilberto Kobashikawa, Hematologista do Hospital Albert Sabin (HAS).

Para desenvolver anemia falciforme, o indivíduo precisa herdar o par de genes anormais do pai e da mãe. Em caso de herdar apenas um gene alterado, a pessoa não desenvolve a doença e é chamado de traço falciforme.

Normalmente a doença começa a se manifestar a partir dos seis meses de vida, pois, até então predomina a hemoglobina fetal. Faz parte do teste do pezinho ampliado a triagem para pesquisa de anemia falciforme e, posteriormente, deve ser realizada eletroforese de hemograma para confirmação.

“Os sintomas são variados de um indivíduo para outro e vão desde sintomas leves até casos incapacitantes, contudo, inclui crise de dor, infecções, úlcera em membros inferiores de difícil cicatrização, sequestro de sangue no baço, entre outros”, diz o Dr. Kobashikawa.

A anemia falciforme pode evoluir com graves complicações como síndrome torácica aguda, priapismo, doenças cardiopulmonares, deformidades ósseas, insuficiência renal, ou seja, uma série de complicações que comprometem a qualidade de vida do doente. A única possibilidade de cura da doença é o transplante de medula óssea, porém, tratamentos com hidroxiureia aumentam a hemoglobina fetal, reduzindo a anemia, o risco de crise álgica e de lesão em órgãos alvo.

“A vacinação neste grupo de pacientes é muito importante, em especial a antipneumocócica, que ajuda a reduzir o risco de infecção pulmonar. Suplementos com ácido fólico, principalmente até os cinco anos de idade, também trazem resultados satisfatórios”, finaliza o médico do HAS.

Fonte: MCAtrês