TAVI é a sigla usada para Transcatheter Aortic Valve Implantation ou, em português, implante de valva aórtica transcateter, que é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, onde é realizado o tratamento da válvula aórtica, quando danificada, sem necessidade de remoção da válvula nativa.
“Esse procedimento é novo na medicina e desembarcou no Brasil em 2009. Desde então vem apresentando melhores resultados cirúrgicos e evolução das próteses utilizadas”, explica o Dr. Marcelo Morbeck, Cirurgião Cardíaco e Coordenador da Cirurgia Cardíaca do Hospital Albert Sabin.
O processo é utilizado para o tratamento da estenose da valva aórtica, que é a perda da mobilidade das cúspides (folhetos da valva aórtica), reduzindo sua abertura com consequente aumento da pressão necessária que o coração precisa fazer para bombear o sangue e nutrir corpo.
Para realizar esse procedimento é necessária uma equipe médica treinada composta por anestesista, ecocardiografista, cirurgião cardíaco e/ou hemodinamicista e um ou dois auxiliares. “A equipe multidisciplinar, chamada de Heart Team, precisa estar bem entrosada e familiarizada com o procedimento, além de conhecer a história e condições clínicas do paciente, para o planejamento e execução do implante”, diz o Dr. Morbeck.
Semelhante ao stent, que é utilizado no tratamento das artérias coronárias, a abordagem envolve o implante, por meio de um cateter, da prótese valvar no local onde encontra-se a válvula doente.
O procedimento TAVI é indicado para pacientes com risco cirúrgico elevado e, por se tratar de um procedimento percutâneo, o trauma cirúrgico é menor e, consequentemente, a recuperação é mais rápida.
Como toda intervenção cirúrgica, o procedimento também apresenta riscos ao paciente, porém, por ser uma cirurgia minimamente invasiva, bem menores quando comparados aos da cirurgia convencional.
A preparação cirúrgica envolve a realização de alguns exames complementares, necessários tanto para avaliar a viabilidade da realização da TAVI como para o planejamento adequado da estratégia de intervenção médica. Desde a escolha do tamanho adequado da prótese, até a definição da via de acesso ideal para cada paciente. Dentre esses exames estão o cateterismo, exames laboratoriais específicos, angiotomografia em protocolo específico para a realização do procedimento, entre outros.
Normalmente, após a realização do procedimento, o paciente deve permanecer por cerca de 48 horas em leito de UTI para monitoramento. Em seguida, vai para o quarto onde poderá repousar e preparar-se para a alta em três ou cinco dias, conforme a sua recuperação.
O Hospital Albert Sabin, referência na zona oeste da capital paulista, oferece aos seus pacientes toda a infraestrutura necessária para a realização da TAVI, que engloba serviço de anestesiologia, ecocardiografia, hemodinâmica e cirurgia cardíaca.
“A TAVI ainda não é um procedimento tão difundido quanto a troca valvar aórtica convencional. Como é uma cirurgia que necessita de uma equipe multidisciplinar bem treinada e infraestrutura hospitalar adequada para a sua realização, hoje está limitada a alguns hospitais, dentre eles o Hospital Albert Sabin, que vem investindo em inovação e tecnologia, para oferecer aos seus pacientes um cuidado cada vez melhor”, finaliza o Dr. Marcelo.
Fonte: MCAtrês