A avaliação pré-operatória deve ser realizada em pacientes que tenham uma indicação de procedimento cirúrgico. Ela começa com o próprio cirurgião que fará o procedimento, com o anestesista e com o clínico/cardiologista.
“O objetivo é avaliar e investigar qualquer outra patologia que possa trazer complicações durante ou após o procedimento cirúrgico, possibilitando assim, atuar na estabilização clínica deste paciente, minimizando seus riscos cirúrgicos”, explica o Dr. Luciano Trindade, Cardiologista do Hospital Albert Sabin (HAS), de São Paulo.
Com a avaliação, o paciente e seus familiares ficam informados das possíveis complicações inerentes decorrentes da cirurgia ou de patologias pré-existentes já em tratamento, ajudando assim na tomada de decisão dos mesmos quanto ao procedimento.
Após a consulta com os especialistas, devem ser realizados alguns exames que, em conjunto com a avaliação clínica, permitem que os profissionais emitam um parecer ao cirurgião com classificação do risco cirúrgico. “Os exames a serem realizados podem variar de acordo com a idade do paciente, das doenças pré-existentes que este apresenta e do tipo de cirurgia e anestesia a que será submetido. O mesmo se aplica aos exames específicos de risco cardiológico, que podem variar desde os mais simples até os mais complexos”, esclarece Dr. Trindade.
Os exames laboratoriais geralmente solicitados são: hemograma, avaliação da função renal, perfil de coagulação, função hepática, avaliação da glicemia, eletrólitos (sódio, potássio), sorologias para HIV e hepatites e, dependendo das patologias prévias, poderão se fazer necessários outros exames.
Podem ser realizados somente um eletrocardiograma e um RX de tórax, como podem ser necessários exames com maior avaliação funcional e anatômica do coração e pulmão, como: teste ergométrico, cintilografia de perfusão do miocárdio, ecocardiograma, prova de função pulmonar, dentre outros, se assim se fizerem necessários.
“Por fim, fica a mensagem que a avaliação pré-operatória é de extrema importância para dar mais segurança e minimizar riscos aos pacientes”, conclui o cardiologista do HAS.
Fonte: MCAtrês