A demência é uma condição que se caracteriza pela deterioração progressiva das funções cognitivas. Geralmente, o primeiro sintoma a aparecer em uma pessoa nessa condição é o lapso de memória, ou seja, o esquecimento de informações recentes.
“A pessoa começa a esquecer o caminho de casa, a perder coisas de valor, ficar desorganizada e, consequentemente, não consegue fazer as atividades da vida cotidiana”, explica o Dr. Custódio Michailowsky Ribeiro, Neurologista do Hospital Albert Sabin.
O médico atenta para o fato de que nem sempre esses sinais são indícios de demência. “Muitas vezes, principalmente quando é o próprio paciente a notar, pode ser uma depressão, uma ansiedade, contudo, somente o médico especialista poderá fazer o diagnóstico diferencial com a Doença de Alzheimer ou qualquer outra”, diz.
Existem mais de 140 tipos, ou causas, de demência. Entre as principais estão:
Uma causa bastante frequente é o traumatismo craniano de repetição, ou seja, a pessoa que cai ou recebe golpes na cabeça continuamente, como, por exemplo, o lutador. “Esses atletas somente perceberão o dano causado após algum tempo, quando passar dos 50 ou 60 anos de vida”, conta o neurologista do HAS.
No mundo, a causa de demência mais comum é doença de Alzheimer, contudo, no Brasil é a demência mista, ou seja, Alzheimer junto com a vasculopatia, ou demência vascular.
Apesar da demência não ser hereditária, estudos mostram que filhos de pacientes com Alzheimer têm quatro vezes mais chances de desenvolver a doença. Hábitos saudáveis, como boa alimentação, sono suficiente, exercícios físicos, controle do peso e de doenças sistêmicas são dicas valiosas para a prevenção.
Exames clínicos e de imagem, como a ressonância magnética, a tomografia computadorizada e a tomografia por emissão de pósitrons são os indicados para o diagnóstico de Alzheimer e outras doenças relativas à demência.
“Já o tratamento dessas doenças é feito somente para controlar os sintomas e retardar o agravamento da degeneração cerebral. Inclui o uso de remédios como Donepezila, Rivastigmina ou Memantina e deve sempre ser prescrito por um profissional médico, preferencialmente um psiquiatra ou neurologista”, finaliza o Dr. Custódio.