Os aneurismas da aorta abdominal são protuberâncias localizadas na parede da aorta, na região que passa pelo abdômen. Suas patogenias são multifatoriais, podendo estar relacionados a fatores genéticos e familiares, degradação de fibras elásticas e colágenos, inflamação tissular e resposta autoimune, fatores ambientais e hemodinâmicos, além de diferenças das estruturas parietal, entre diversos segmentos arteriais.
“De forma prática, as principais causas do Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) são idade superior a 50 anos, tabagismo, aterosclerose, hipertensão arterial e hereditariedade”, explica o Dr. Matheus Mozini Cavichioli, Cirurgião Vascular e Endovascular do Hospital Albert Sabin de SP (HAS).
Geralmente, o AAA é assintomático e é descoberto de maneira incidental, quando o paciente realiza um exame de imagem por outro motivo. Quando o aneurisma é maior, o paciente pode sentir uma massa pulsátil no abdome e quando rompido, ou em iminência de ruptura, a pessoa pode vivenciar uma dor intensa, irradiada para o dorso e associada a palidez e hipotensão.
Os exames mais indicados para a detecção da enfermidade são o ultrassom de abdome, a tomografia computadorizada (TC) e a angiografia.
O reparo dos aneurismas de aorta abdominal pode ser feito de duas formas, através da maneira convencional ou da endovascular. O método convencional é a cirurgia aberta, por laparotomia, onde realiza-se enxertos vasculares através de by pass, com próteses de materiais sintéticos. A segunda opção é a correção endovascular. “O advento dessa técnica minimamente invasiva, que vem sendo cada vez mais utilizada, possibilita cirurgias percutâneas, sem cortes, para o tratamento dos AAA através da utilização de endopróteses”, avalia o Dr. Cavichioli.
Quanto aos riscos dos procedimentos, além de depender das condições clínicas do paciente, abordagens cirúrgicas eletivas são sempre preferíveis às abordagens de urgências, como aneurisma de aorta abdominal roto. Por isso o acompanhamento com o cirurgião vascular, para a realização de check-ups periódicos afim de detectar alguma comorbidade se faz tão importante.
Outro fator indispensável é a escolha de hospitais que contenham toda a estrutura e equipamentos para a realização da intervenção “O HAS conta com uma excelente rede de profissionais, capacitados para a realização desse e de qualquer outro procedimento vascular. Além de todo suporte e estrutura do centro cirúrgico, possui sala de hemodinâmica, UTI e demais unidades de internação com o que existe de mais moderno em termos de equipamentos”, conclui o cirurgião.
Fonte: MCAtrês