A infecção urinária afeta os órgãos do trato urinário e é dividida em infecções da uretra (uretrite), da bexiga (cistite) ou do rim (pielonefrite). É uma doença que acomete muito mais as mulheres, contudo, homens, principalmente os mais idosos, também podem ser afetados.
“Normalmente, quando falamos de infecção urinária, nos referimos a cistite ou infecção urinária do trato urinário baixo, mais simples e menos grave, com sintomas clínicos mais brandos, sem queda do estado geral, prostração ou febre. Os sintomas mais comuns são a dor tipo queimação e vontade constante, porém, com baixo volume, ao urinar”, explica o Dr. Rodrigo W. Andrade, urologista do Hospital Albert Sabin (HAS).
Importante ressaltar que quando o paciente apresenta dois ou mais episódios de infecção em um intervalo de seis meses, ou até três ou mais em um intervalo de um ano, ele apresenta um quadro de infecção urinária de repetição ou infecção urinária recorrente. Geralmente, isso acontece em mulheres e é devido a cistites de repetição. Em mulheres saudáveis, torna-se uma condição rara. “Já os homens, que sofrem de infecção urinária de repetição, costumam ter algum defeito na anatomia do trato urinário, como alterações da próstata, obstrução do ureter ou estenoses na uretra”, complementa o médico do HAS.
A causa mais comum é a contaminação local por bactérias da região perineal e, normalmente, não reflete falta de higiene. É mais comum nas mulheres devido a anatomia dessa região (uretra curta) e proximidade da vagina com o ânus.
É significativo evidenciar que outros aspectos, como a menopausa, na mulher, e o envelhecimento no homem, também têm forte influência no surgimento da doença”, acrescenta o Dr. Andrade.
O diagnóstico se dá através do exame de urina tipo 1 e, em determinados casos, exames complementares. Já o tratamento é com antibióticos, podendo variar de três dias até três semanas.
“Mesmo que não eliminem o risco de contrair infecção urinária completamente, boa hidratação e hábitos como urinar logo após as relações sexuais, usar roupas íntimas de algodão, e dispensá-las ao dormir, evitar excesso de sabão ou sabonetes e melhorar e/ou normalizar o ritmo intestinal, evitando diarreia ou constipação, são dicas valiosas”, finaliza o Dr. Rodrigo.
Fonte: MCAtrês