Define-se por cirurgia cardíaca qualquer procedimento médico realizado para tratar as lesões, deformidades e doenças que possam afetar o coração e o sistema circulatório.
Geralmente, são divididas em duas classificações conforme a via de acesso, ou seja, as minimamente invasivas e as abertas. Dentro desses grupos existem as cirurgias de revascularização do miocárdio, troca valvar e dos grandes vasos, como correção de aneurismas e dissecções, entre outras.
“As patologias mais comuns que levam a uma cirurgia são as doenças das artérias que irrigam o músculo cardíaco (aterosclerose) e disfunções valvares (insuficiência ou estenose das válvulas do coração)”, diz o Dr. Marcelo Morbeck, Cirurgião Cardiovascular do Hospital Albert Sabin.
No Brasil, as mais comuns são as de revascularização do miocárdio, popularmente conhecidas como ponte de safena, e as de trocas valvares. Ainda há, mas em menor proporção, as cirurgias da aorta.
Atualmente, essas intervenções podem ser feitas por acessos alternativos, incisões menores e com auxílio de vídeo, por robótica ou percutâneas. Nessa última, são feitas apenas punções na pele como via de acesso.
“Uma das perguntas mais frequentes quando há a necessidade de um paciente se submeter a uma cirurgia cardíaca é quanto ao tempo de duração. Ele varia muito conforme a complexidade do procedimento e das condições do paciente, podendo alternar entre alguns minutos até várias horas”, explica o cirurgião do HAS.
Quanto ao pós-operatório, esse ocorre dentro da unidade de terapia intensiva. Após tal período, e de acordo com a recuperação do paciente, ele é encaminhado para o quarto e posteriormente recebe alta hospitalar. Este processo leva em torno de sete dias e os cuidados se estendem em casa, com previdências quanto à alimentação, reabilitação física e, quando necessário, aderência ao tratamento farmacológico.
Os riscos, existentes em qualquer cirurgia, atualmente são bem monitorados, contudo, os mais comuns são sangramentos durante e no pós-operatório, acidente vascular cerebral, infarto, insuficiência renal aguda e infecções.
O Hospital Albert Sabin, referência na zona oeste de São Paulo, oferece ao cirurgião e sua equipe toda a infraestrutura para realização de cirurgias cardíacas, desde as mais simples até as mais complexas. Conta também com equipes multidisciplinares com médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, nutrólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, preparadas para atender o paciente desde o pré-operatório até a sua alta.
“Finalizando, nos últimos anos a cirurgia cardiovascular vem passando por grandes avanços no tratamento das doenças do coração e dos grandes vasos. Um bom exemplo são os implantes valvares percutâneos sem a necessidade de abertura do tórax, cirurgias por vídeos, onde a recuperação do paciente se dá em um período muito menor, implante de endopróteses na correção de aneurismas e até mesmo nas cirurgias convencionais (abertas), que contam com avanços, com relação a medicamentos e materiais mais modernos, que geram menos efeitos colaterais e possíveis complicações”, completa o Dr. Morbeck.
Fonte: MCAtrês