O infarto agudo do miocárdio, ou simplesmente infarto, é uma manifestação grave e pode ser consequente à várias disfunções orgânicas distintas. Pode decorrer do uso de drogas ilícitas, de doenças reumatológicas, genéticas, infecciosas, arritmias, dentre outras. Doenças que afetam o sistema cardiovascular, como diabetes, hipertensão e doença renal crônica com o passar dos anos também são grandes causadoras do infarto.
Em jovens, o principal mecanismo de infarto é a formação de placas ateroscleróticas formadas nas paredes dos vasos que levam sangue ao coração, impedindo a circulação de oxigênio e nutrientes vitais para o bom funcionamento cardíaco.
“Sedentarismo, dieta com abundância de gorduras animais, tabagismo, estresse, doenças como colesterol alto, hipertensão arterial e diabetes são os principais fatores que contribuem para ocorrência de infarto em pacientes jovens”, explica o Dr. Thiago Librelon Pimenta, Cardiologista do Hospital Albert Sabin (HAS). O médico alerta sobre a importância de se destacar que tais fatores de risco também valem para as demais faixas de idade.
O risco entre os jovens abaixo dos 50 anos é maior entre os homens, contudo, após passarem pela menopausa, as mulheres apresentam aumento relativo da possibilidade de sofrer um infarto, aproximando-se estatisticamente aos homens da mesma faixa etária.
A frequência de infarto é menor entre pacientes jovens, porém, cabe ressaltar que esses pacientes têm maior chance de ter infarto fulminante. “Por ser um órgão com metabolismo bastante intenso, o coração sofre rapidamente quando seu fluxo de sangue e nutrientes é interrompido e, nessa idade, o tempo entre o início da doença e a ocorrência do infarto é curto, não demandando tempo hábil para desenvolver a “circulação colateral” – um mecanismo de defesa que garantiria um caminho alternativo para que o sangue alcançasse a região enfartada – tornando maior a chance de o indivíduo jovem apresentar uma falência cardíaca fatal”, diz o Dr. Pimenta.
A recuperação após o infarto nessa idade é bastante variável, assim como as sequelas que poderão persistir. O retorno às atividades cotidianas deverá ser gradativo e acompanhado por um médico cardiologista. É possível, em muitos casos, atingir e até ultrapassar os níveis de atividade física praticados antes do desenvolvimento da doença.
“A adoção de hábitos de vida saudáveis, com alimentação regrada, 50 minutos de atividade física por, pelo menos, três vezes na semana, evitar o tabagismo, o uso de drogas ilícitas e o excesso de álcool são importantes sugestões para a redução dos riscos. Visitas frequentes ao cardiologista, com o intuito de prevenção e/ou eventual diagnóstico precoce de alguma anomalia também são ferramentas de grande valia para evitar o infarto agudo do miocárdio”, conclui o médico do HAS.
Fonte: MCAtrês