Os miomas, tumores mais comuns do trato genital feminino, são benignos e surgem no miométrio, contendo quantidade variável de tecido conjuntivo fibroso. Classificados conforme sua localização, podem ser intramurais, submucosos, subserosos e pediculados. Quando localizados no colo do útero, são denominados cervicais. O sintoma mais frequente é o sangramento anormal e outras manifestações são relacionadas a efeito de massa, podendo causar sintomas urinários, intestinais ou neurológicos, embora também haja casos assintomáticos.
A gravidade quanto à presença desses tumores depende de fatores como tamanho, quantidade e localização dos miomas. Nenhum gene específico foi identificado como responsável pelos seus surgimentos. “Contudo, o fato de os miomas aparecerem durante a fase reprodutiva, aumentarem durante a gestação e regredirem após a menopausa sugere sua dependência dos hormônios ovarianos. Embora não tenha sido encontrada diferença entre a concentração sérica de estrogênio na mulher com ou sem esses tumores, sua concentração é maior nos miomas do que no miométrio vizinho. Isso provavelmente se deva à diminuição do metabolismo do estradiol à estrona. Ademais, a concentração de receptores de estradiol é maior em miomas do que em miométrio”, explica o Dr. Fabio Broner, médico ginecologista do Consulta Aqui.
A embolização de miomas uterinos é indicada para as pacientes que apresentam sintomas como sangramento anormal, sensação de estufamento abdominal, dores no abdômen, parte inferior das costas ou pélvis, dores durante as relações sexuais, dificuldade para engravidar, entre outros. É uma alternativa segura e eficaz desde que seja realizada em local estruturado para o procedimento.
A técnica é minimamente invasiva e consiste em uma punção de aproximadamente 2mm na virilha pelo qual são inseridos os cateteres. Através desses dispositivos, realiza-se o cateterismo da artéria (vaso sanguíneo), nutridor do mioma, seguido da injeção de partículas que provocam sua oclusão. Assim, ocorre a interrupção imediata do fluxo sanguíneo (nutrição) pelo mioma e sua regressão subsequente, diminuindo os sintomas.
“Dentre as vantagens da embolização em relação à outras técnicas, podemos citar a ausência de cortes e posteriores cicatrizes, o baixo tempo de internação, um dia no máximo, reduzido risco de infecção, retorno precoce às atividades laborais e, em especial às pacientes com desejo reprodutivo, a impossibilidade da perda do útero”, esclarece a Dra. Veruska Castanheira Frade, Cirurgiã Vascular e Radiologista Intervencionista do Hospital Albert Sabin (HAS).
O procedimento já é realizado e reconhecido em vários países como um método inovador para o tratamento de miomas. No Brasil, faz parte do rol de procedimentos de cobertura da Agência Nacional de Saúde (ANS) e as pacientes que se submetem à técnica devem estar sempre acompanhadas, além do cirurgião e toda a equipe médica, de seu ginecologista.
Quanto à segurança, o Hospital Albert Sabin dispõe de toda a infraestrutura para a realização de embolização da artéria uterina. “Para isso, utilizamos equipamentos de radioscopia digital, trazendo segurança no desempenho dos procedimentos. Nossos profissionais apresentam especialização na área de radiologia intervencionista e cirurgia endovascular, levando compromisso e segurança às pacientes e seus familiares”, finaliza a Dra. Veruska.
Fonte: MCAtrês