A colonoscopia é um exame que captura imagens do intestino grosso e de parte do íleo terminal (porção final do intestino delgado). Já a endoscopia consiste no exame do esôfago, estômago e duodeno. Ambos são realizados através de uma microcâmera.
Alterações de hábitos intestinais, como diarreia ou constipação, dores abdominais, sangramentos, antecedentes familiares de doenças malignas do intestino são condições para a realização da colonoscopia.
“O exame serve para que doenças do intestino grosso sejam identificadas e tratadas. Através dessa análise, somos capazes de verificar a presença de tumores, pólipos ou mesmo inflamações que podem causar dor, sangramento e até mesmo, em casos extremos, o óbito do paciente”, explica o Dr. Sergio Alexandre Barrichello Jr., gastroenterologista do Hospital Albert Sabin (HAS).
O preparo para a colonoscopia é realizado com uma dieta pastosa e líquida nos dias que antecedem o procedimento. Associado a isso, utiliza-se medicações laxativas para que o cólon esteja limpo na hora do procedimento. Poucas horas antes, utiliza-se líquidos especiais que também colaboram com essa limpeza. É feita em ambiente controlado, em clínicas ou hospitais, e o paciente é sedado e permanece em um estado sonolento para que o exame seja realizado confortavelmente. Concluído o procedimento, o paciente fica em observação e em seguida recebe alta.
Já a endoscopia serve para avaliar e tratar doenças do trato gastrointestinal superior (esôfago, estômago e duodeno). Pacientes com sintomas como dor de estômago, azia, queimação, náuseas e vômitos devem realizar a endoscopia. Além disso, indivíduos com sangramento pela boca ou mesmo pelas fezes, emagrecimento súbito e dificuldade de engolir também devem se submeter ao exame. O preparo consiste em jejum de oito horas. A suspensão de algumas medicações que porventura o paciente faça uso contínuo será avaliada pelo gastroenterologista.
“A realização da endoscopia segue as mesmas regras da colonoscopia quanto à sedação e observação pós-exame. A exceção é que a microcâmera, no primeiro exame, é introduzida no organismo pela boca, enquanto no segundo caso é pelo ânus”, esclarece o médico do HAS.
As complicações mais frequentes nesses dois exames, embora esporádicos, são as perfurações e os sangramentos. “Riscos sempre existem, entretanto são raros e, quando realizados em ambiente adequado e por profissionais experientes, são ainda menores”, finaliza o Dr. Barrichello.
Fonte: MCAtrês