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Artrose, uma das principais doenças da melhor idade.

A artrose, também chamada de osteoartrose, é o desgaste da cartilagem que reveste as articulações ou juntas. Não é considerada uma doença e sim um processo natural que faz parte do envelhecimento do organismo. “Geralmente, a artrose é confundida com a artrite que, aí sim, é uma doença reumática e autoimune que ataca as articulações, podendo causar dores e deformações”, explica o Dr. Rodrigo Vetorazzi, ortopedista do Hospital Albert Sabin (HAS).

É considerada uma das principais doenças da chamada melhor idade, ou 3ª idade, pelo fato de a população mundial estar envelhecendo. De acordo com a ONU, até 2050 a quantidade de idosos duplicará no mundo. No Brasil, a expectativa é que o número de pessoas com mais de 60 anos aumente mais do que a média mundial, passando dos atuais 12,5% para 30% e, entre as consequências, está o aumento de doenças degenerativas, como a artrose.

As causas podem ser variadas e são classificadas como artroses primária e secundária. A primeira ocorre, principalmente, devido ao uso excessivo de uma articulação. O uso repetitivo ao longo dos anos causa danos à cartilagem, que provoca dor e inchaço quando do envelhecimento natural do indivíduo. Já a secundária é uma consequência de doenças ou condições do indivíduo. Obesidade, trauma repetido, cirurgias articulares, anomalias congênitas, gota, artrite reumatoide, diabetes e outros problemas podem ocasioná-la.

São vários os sintomas da artrose. Entre eles estão:

  • Dor nas articulações, que começa aos poucos e aumenta de intensidade no decorrer dos anos
  • Rigidez e diminuição da mobilidade articular
  • Perda de flexibilidade
  • Rangidos e estalos na articulação
  • Inchaço quando inflamada

“Pessoas com mais de 60 anos que percebam um ou mais desses sinais devem procurar auxílio médico especializado, no caso o reumatologista e/ou ortopedista, que, após análise clínica, solicitará exames como raio X, ressonância magnética e a análise do líquido sinovial para o correto diagnóstico”, alerta o médico do HAS.

Os tratamentos são feitos com medicamentos que podem variar entre analgésicos simples, anti-inflamatórios e até narcóticos, nos casos mais graves. Há também, em situações mais críticas, a opção pela intervenção cirúrgica. Sessões de fisioterapia também se mostram extremamente eficazes. “Vale lembrar que a prática regular de exercícios físicos (evitando sobrecarregar as articulações) e a alimentação saudável para manter o peso corporal adequado são importantes aliados na prevenção da artrose”, finaliza o Dr. Vetorazzi.

Fonte: MCAtrês