O aneurisma cerebral é uma fragilidade que aparece na parede das grandes artérias do cérebro. Devido à pressão do sangue, essa parede tende a se dilatar, formando uma bolha que, ao se romper, causa uma grave hemorragia.
São classificados de acordo com a localização, tamanho e formato e, frequentemente, são equivocadamente confundidos com o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“O AVC, se for isquêmico, é o entupimento de uma artéria cerebral, fazendo com que o sangue não chegue aonde precisa. Se for hemorrágico, é um sangramento que ocorre no meio do tecido cerebral por fragilidade de pequenos vasos sanguíneos. Já o aneurisma é uma dilatação que se forma na parede enfraquecida de uma artéria do cérebro”, explica o Dr. Felippe Saad, Neurologista Clínico e Neurocirurgião do Hospital Albert Sabin (HAS).
Fatores genéticos propiciam a formação dos aneurismas cerebrais, porém, pressão alta, tabagismo, colesterol e diabetes também são agentes influenciadores. A manifestação da doença se dá por volta dos 45 aos 65 anos de idade.
Segundo estudos da Academia Brasileira de Neurocirurgia (ABNc), a prevalência de aneurismas cerebrais na população adulta varia de 2% a 5%, com taxa de ruptura de aproximadamente 0,7% a 1,4 % por ano.
Exceto para aneurismas gigantes, que são bastante raros, a doença é assintomática, ou seja, não ocorre indícios de que o paciente esteja doente. Contudo, quando da sua ruptura, que é um quadro extremamente grave, os sintomas podem ir desde intensa dor de cabeça, vômitos, turvação visual, confusão mental, sonolência e perda de consciência, até a morte súbita.
“Infelizmente, quando acontece a ruptura do aneurisma cerebral, a maioria das pessoas morre imediatamente ou nos dias subsequentes. Isso se dá devido às complicações das lesões cerebrais. Os que conseguem sobreviver, geralmente sofrem com graves sequelas como perda de visão, paralisias, dificuldade na fala e alterações graves de inteligência, memória e personalidade. O paciente também poderá entrar em estado vegetativo irreversível” diz o médico do HAS.
O diagnóstico é feito por meio de exames que estudem os vasos sanguíneos cerebrais, como a Angiotomografia e a Angioressonância. Contudo, a angiografia digital convencional ainda é o método “padrão ouro” na avaliação dos aneurismas.
Quanto ao tratamento, quando as condições de saúde do paciente permitem, esse deverá se submeter à intervenção cirúrgica ou embolização (tratamento endovascular por cateterismo). Ao se tratar de aneurisma não roto, ou seja, daquele que ainda não se rompeu, esses métodos são altamente eficazes e evitam o risco de ruptura, que causa altíssima chance de morte ou sequelas graves.
Um fator indispensável é a escolha de hospitais que contenham toda a estrutura e equipamentos para a realização desses procedimentos. O Hospital Albert Sabin conta com uma excelente rede de profissionais, capacitados para a realização dessa e de outras intervenções relacionadas. Além de todo suporte e estrutura do centro cirúrgico, possui sala de hemodinâmica, UTI e demais unidades de internação com o que existe de mais moderno em termos de equipamentos.
“Vale lembrar que o diagnóstico precoce salva 98% das vítimas de aneurisma. Portanto, visitas regulares ao médico neurologista e check-ups frequentes são importantes formas de evitar essa grave doença”, finaliza o Dr. Saad.
Fonte: MCAtrês