A arritmologia é uma sub especialização da cardiologia e tem como objetivo diagnosticar a arritmia, sua prevenção e indicar o tratamento mais adequado.
“Se compararmos nosso coração ao motor de um carro, a “arritmologia” seria o estudo minucioso de cada componente elétrico desse motor. O funcionamento normal de cada peça, os possíveis defeitos e as várias formas de corrigi-los são seus principais objetivos” explica o Dr. Thiago Librelon Pimenta, arritmologista do Hospital Albert Sabin (HAS).
A arritmia cardíaca é uma condição caracterizada pela falta de ritmo nos batimentos do coração e pode acometer todas as idades, classes econômicas e grupos étnicos. Seu sintoma mais temido é a morte súbita, contudo, acontece raramente e em pacientes que já tinham outros problemas cardíacos: infarto, doença de chagas, doenças genéticas e outras. As manifestações mais comuns, em geral são palpitações muito fortes no peito, cansaço excessivo, tontura ou até desmaio. Tais sintomas costumam surgir e desaparecer de repente.
Todas as pessoas estão sujeitas a acelerações no coração, as chamadas taquicardias. Motivos como sustos, ansiedade, viver um “grande amor” ou fortes emoções podem causá-las. Porém, se aceleração (ou mesmo desaceleração) vem de uma falha elétrica no coração, fica caracterizada uma arritmia cardíaca.
O portador de arritmia tende a viver, erroneamente, com limitações. “A tendência é ir abandonando a prática de atividades físicas e a ingestão de alguns tipos de alimentos ou estimulantes. Às vezes prefere-se ficar “preso” em casa do que sair para “tomar um ar”. Tudo para tentar não “despertar” novas crises de arritmia. Após o diagnóstico preciso, pois, existem dezenas de arritmias cardíacas diferentes, e definido o tratamento, para grande parte dos casos a prática de atividades físicas, por exemplo, poderá ser até uma recomendação médica”, diz o Dr. Thiago.
A cura para essa manifestação se dá por meio de intervenção médico-hospitalar relativamente simples e o uso contínuo de uma ou mais medicações também pode ser parte do tratamento.
Manter hábitos de vida saudáveis, evitar automedicação, manter uma alimentação regrada, não fumar, evitar álcool em excesso e visitar regularmente um cardiologista são práticas indispensáveis na prevenção dessa doença. “Porém, para cada tipo de arritmia, existem orientações específicas que só um arritmologista saberá passá-las com precisão”, complementa o Dr. Pimenta.
Fonte: MCAtrês