A cólica renal é uma dor, geralmente, aguda na região abdominal, normalmente nos flancos, podendo irradiar para região da virilha. Sua origem é o cálculo renal, ou, popularmente, pedra no rim, que é uma pequena massa sólida formada a partir de pequenos cristais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o cálculo renal atinge cerca de 12% da população brasileira, sendo que acomete mais homens que mulheres. A incidência aumenta com a idade avançada.
“A doença, também conhecida por litíase, causa dores intensas nas costas, que se irradiam para o abdômen e podem vir acompanhadas de náuseas e vômitos. Além dos rins, o problema acomete outros órgãos do trato urinário, como bexiga, uretra e ureteres”, explica o Dr. Rodrigo Wilson Andrade, Médico Urologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS).
Os cálculos renais se formam quando a urina apresenta quantidades maiores de algumas substâncias como cálcio, ácido úrico e oxalato, que se agrupam e formam cristais que se transformam em pedras. Alimentos ricos dessas substâncias, como sal, embutidos, escarola, espinafre, beterraba, salsinha, almeirão, quiabo e batata doce devem ser evitados. Amendoim, chá preto ou mate, e farelo de trigo também devem ser consumidos com moderação.
“Por não causar sintomas em seu início, o acompanhamento regular com o urologista é de extrema importância. Muitas pessoas não sabem que são portadores da doença, pois, ainda não sentiram nenhum desconforto. A dor se dá somente quando essas pedras entopem o canal urinário”, diz o Dr. Andrade.
Outros fatores de risco, como histórico familiar, idade avançada, baixo consumo diário de líquidos, obesidade e doenças do trato digestivo também são apontados como causas da doença.
Os tratamentos variam de acordo com o tamanho e localização da pedra. Quando são pequenas e não manifestam muitos sintomas, o paciente não precisará passar por procedimentos muito invasivos e o médico recomendará beber muita água, em torno de três litros por dia, e, se necessário, analgésicos. Se forem maiores, o mais indicado é a endoscopia, que consiste na passagem do ureteroscópio pela uretra, atingindo a bexiga e seguindo em direção ao ureter ou ao rim até a identificação do cálculo. A partir desse ponto, a pedra é fragmentada com a utilização de laser e então retirada com o auxílio de pinças. Na maioria dos casos, o paciente recebe alta hospitalar 24h após o procedimento.
Resumindo, por tratar-se de doença inicialmente assintomática, é imprescindível a consulta regular com o urologista. “As pessoas procuram o médico quando a doença já está na fase dolorida. O tratamento pode ser muito mais simples e rápido se iniciado no começo da enfermidade, ou seja, antes das primeiras manifestações de dor. Além, claro, de poupar o paciente de todo o desconforto que os cálculos renais trazem”, finaliza o médico do HAS.
Fonte: MCAtrês